25 de mar. de 2009

Onde que errei? ...Não sei


Uma confraternização
Senhoras cheias de emoção
Um encontro anual
Amizade, Saudade. Ideal
Tinham em média sessenta e cinco anos
Metade viúva aos trinta e oito anos
Em média três a quatro filhos
Entre cinco e oito netos
A conversa surgiu
Uma pergunta emergiu
Se sozinha trabalhei e criei
Onde então que errei?
A pergunta era geral
E todas se indagavam
Os filhos eram iguais
A todas infernizavam
- Mãe, a casa que você mora
Foi deixada por meu pai
Acho que está na hora
Vender e não esperar mais
Como filho se é aqui que vivo.
Como filho se aqui te criei!
Filho este é um bem que temos
Fui eu que o preservei
Paguei impostos,
Acabei de reformar
Queria ficar aqui
Até a vida acabar
- Mãe metade é nossa
Foi meu pai que comprou
Fique com sua metade
Foi tudo que lhe sobrou
Filho trabalhei muito
Só, cuidei de você
Agora te tornas afoito
Expulsando quem só te quer
Hoje já velha e cansada
Suportando sem falar
Os filhos na minha casa
Querendo me expulsar
Assim falam as mães
Neste encontro anual
Todas sofridas e magoadas
Será um inferno astral?
Que aconteceu com nossos filhos
Gerados e criados com amor
Revoltados, inimigos
Foi tudo o que restou
Onde será que erramos?
Porque não soubemos criar?
Os filhos que amamos
Hoje querem nos exterminar
Amor com amor se paga
Amamos nossos pais
Só queríamos sua felicidade
Cuidamos com muito carinho
E nos deixaram saudades
Esqueceram esta lição
Amor, com amor, não se apaga!
Filhos saem do coração
Demos amor à vida inteira
Não merecemos ingratidão.

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