19 de out. de 2008

DESVENTURAS

O estado febril e debilitado
Que o corpo reflete,
È algo que de leve aparece,
Na distancia nebulosa que os olhos oferece.

Outrora a chama ardente que aquecia,
Deu lugar a um afago, sem calor que um dia,
Pensava estar muito longe e acontecer.
Quando sente na pele a realidade florescer.

Não é desamor,
Mas desencanto.
Não é o som suave,
Mas seu canto,
Que não vibra na garganta
Com o mesmo encanto.

Por mais que tente,
Não sente:
O calor,
O ardor,
O fervor,
O amor...
Não sente,
Não mente.

A alma não transmite,
Nem mesmo brilha,
Que pela estrada da vida
Há anos trilha,
Buscando um carinho
Que não era seu,
Querendo um amor
Que não era seu.
Que a vida ingrata
Não lhe ofereceu.

Só resta aguardar no seu casulo,
Fazendo-o de escudo mudo e surdo,
Para que ouvir explicações que não existe
Naquele momento, eternamente triste...

Mirtes Carvalho

2 Comentários:

Às 19 de outubro de 2008 às 12:10 , Anonymous Anônimo disse...

Profundamente lírico!
Simplesmente apaixonante!

Parabéns!

Beijos

Mirse

 
Às 6 de dezembro de 2008 às 13:44 , Anonymous Anônimo disse...

Ainda bem que nada é para sempre! rsrsrsrs
As facetas do amor são mesmo assim...caem e se renovam!!
Muito legal sua forma de expressão!!
Bjs Martha

 

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